sábado, 19 de outubro de 2013

Joana Vasconcelos


Joana Vasconcelos nasceu em Paris, em 1971. Vive e trabalha em Lisboa. 

Estudou no Ar.Co, em Lisboa, e expõe regularmente desde meados da década de 1990. O reconhecimento internacional do seu trabalho aumentou com a participação na 51ª Exposição Internacional de Arte – la Biennale di Venezia, em 2005. Momentos relevantes na sua carreira recente incluem o projeto Trafaria Praia, Pavilhão de Portugal na 55ª Exposição Internacional de Arte – la Biennale di Venezia (2013), a individual no Château de Versailles, em França (2012), a participação na coletiva “The World Belongs to You”, no Palazzo Grassi/François Pinault Foundation, em Veneza (2011), e a sua primeira retrospectiva, apresentada no Museu Coleção Berardo, em Lisboa (2010).

A natureza do processo criativo de Joana Vasconcelos assenta na apropriação, descontextualização e subversão de objetos pré-existentes e realidades do quotidiano. Esculturas e instalações, reveladoras de um agudo sentido de escala e domínio da cor, assim como o recurso à performance e aos registos vídeo ou fotográfico, colaboram na materialização de conceitos desafiadores das rotinas programadas do quotidiano. Partindo de engenhosas operações de deslocação, reminiscência do ready-made e das gramáticasnouveau réaliste e pop,a artista oferece-nos uma visão cúmplice, mas simultaneamente crítica, da sociedade contemporânea e dos vários aspetos que servem os enunciados de identidade coletiva, em especial aqueles que dizem respeito ao estatuto da mulher, diferenciação classista, ou identidade nacional. Resulta desta estratégia um discurso atento às idiossincrasias contemporâneas, onde as dicotomias artesanal/industrial, privado/público, tradição/modernidade e cultura popular/cultura erudita surgem investidas de afinidades aptas a renovar os habituais fluxos de significação característicos da contemporaneidade.

Alguns trabalhos da artísta:

Fig. 1 A joía do Tejo, 2008

Fig. 2 A todo o vapor, 2013

Fig. 3 Blup, 2002

Fig. 4 Calypso, 2009

Fig. 5 Contaminação, 2008-2010

Fig. 6 Coração Independente Vermelho, 

Fig. 7 Dorothy 2007-2010

Fig. 8 Marilyn 2010

Fig. 9 Mary Poppins, 2010

Fig. 10 Message in a bottle, 2010

Fig. 11 Pantelmina #3, 2004

Fig. 12. Pavillon de Thé, 2011

Fig. 13 Pavillon de Vin, 2011

Fig 14 Valquíria Enxoval, 2009


Webgrafia:





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Conceito para o trabalho a concurso no Prémio Medeiros Cabral

 Tendo em conta que o tema é “Eu e os outros” comecei por pesquisar citações que tivessem a ver com o pretendido. Encontrei então a seguinte frase de François de La Rochefoucault:  “Bem se engana quem julga encontrar em si o bastante para dispensar os outros; e ainda mais quem pensar que os outros não podem passar sem ele.”
Achei a frase bastante interessante e decidi usá-la como base do meu trabalho, sob a temática do Egoísmo e do Egocentrismo.
Penso que é uma temática atual uma vez que cada vez mais as pessoas julgam-se/querem ser independentes mas esperam sempre que os outros sejam dependentes deles, sentindo-se assim mais importantes do que na realidade são, muitas vezes usando e abusando do seu poder.
Vou concorrer em escultura, sendo a minha ideia um homem sentado numa posição que demonstra o seu poder e superioridade enquanto está sentado numa pilha de corpos só apontados e deformados.
A pilha de corpos tem a intenção de transmitir a ideia de que eles (os corpos) precisam do homem “superior” enquanto que ele não precisa deles para nada, tratando-os como seres inanimados.
Este projeto tem como objetivos mostrar o Egoísmo e o Egocentrismo existente na nossa sociedade e que, algumas vezes, essa situação rasa o absurdo.
Para a construção desta escultura estava a pensar utilizar ligadura de gesso sob um suporte de madeira, arame e papel de jornal.

As medidas serão de 1m x 0.8m x 0.5m

domingo, 13 de outubro de 2013

Dadaísmo

O movimento Dada ou Dadaísmo foi um movimento artístico da vanguarda artística moderna iniciado em Zurique, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos.
Embora a palavra dada em francês signifique "cavalo de madeira", sua utilização marca o "non-sense" ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na fala de um bebê). Para reforçar esta ideia foi estabelecido o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, desta forma, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se uma faca sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o caráter antirracional do movimento, claramente contrário à época vivida (a Primeira Guerra Mundial) e aos padrões da arte estabelecida na época. Em poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colóinia, Nova York e Paris. Muitos de seus seguidores deram início posteriormente ao Surrealismo e seus parâmetros influenciam a arte até hoje.

Depois da guerra, o movimento conheceu uma grande expansão, nomeadamente em Paris e na Alemanha. Neste últimopaís, que atravessava uma pesada crise social, as manifestações dadaístas adotaram um cunho mais político, sendo frequentemente alvo de várias ações de repressão policial. Os dois núcleos principais do movimento neste país estavam sediados nas cidades de Berlim e de Colónia. O grupo de Berlim foi criado em 1917 por Hulsenbeck e integrava George Grosz (caricaturista da burguesia e do militarismo alemães) e o pintor e escritor Kurt Schwitters (famoso pelas suas colagens de papel desperdiçado).

Devido ao seu gosto pelo non sense e pelo irracional, o dadísmo teve um papel fundamental no desenvolvimento do Surrealismo na década de 20. Foi igualmente precursor de muitos movimentos artísticos formados na segunda metade do século, como a Arte Pop, a Arte Cinética e o Fluxus, e de expressões como o happening e a performance.

Principais Características do Dadaísmo:

  • Objetos comuns do quotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
  • Irreverência artística;
  • Combate às formas de arte vingentes;
  • Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
  • Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
  • Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;
  • Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.

Principais artistas dadaístas


  • Tristan Tzara 
  • Marcel Duchamp 
  • Hans Arp 
  • Julius Evola 
  • Francis Picabia 
  • Max Ernst 
  • Man Ray 
  • Raoul Hausmann 
  • Guillaume Apollinaire 
  • Hugo Ball 
  • Johannes Baader 
  • Arthur Cravan 
  • Jean Crotti 
  • George Grosz 
  • Richard Huelsenbeck 
  • Marcel Janco 
  • Clement Pansaers 
  • Hans Richter Sophie Täuber

Algumas obras do movimento dadaísta:

  1. De Marcel Duchamp
Fig. 1  O urinol

Fig 2. Roda de bicicleta

Fig. 3 A Monalisa

Fig. 4 Rotary placas de vidro

Webgrafia:

Dadaísmo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-13].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$dadaismo>.
Origem e características do dadaísmo In SuaPesquisa [Consult. 2013-10-13]
Dadaísmo In InfoEscola [Em linha] Consult 2013-10-13
Disponível na www.<URL http://www.infoescola.com/artes/dadaismo/>.

Objetos Incongruentes

Qualquer objeto do nosso quotidiano têm um conjunto de características formais que nos levam a identificar rapidamente a sua função. Ou seja, as suas formas são determinadas pela função que deles se espera que cumpram.

No entanto, existem situações que podem ser muito mais ambíguas e que colocam em dúvida o sistema analítico que construímos para nos relacionarmos com o mundo e com os objetos. Essas situações, exaustivamente exploradas pelos movimentos surrealista e dadaísta, são objetos impossiveis ou incongruentes pois assumem características desconcertantes, improváveis e que por vezes contradizem funções de objectos já existentes.

Exemplos de Objetos Incongruentes

Fig 1. Teclado de Mariana Leiria

Fig. 2 Ma Governante de Meret Oppenheim 

Fig. 3 Telefone-lagosta de Salvador Dali

Fig. 4 Prenda de Man Ray

Joseph Cornell

Fig. 1 Joseph Cornell em 1971, um ano antes de morrer

Joseph Cornell foi um artista americano e escultor. Conhecido por ser um dos pioneiros mais célebres do Assemblage. Foi influenciado pelos surrealistas, ele também era um cineasta experimental vanguardista.
Nasceu a 24 Dezembro de 1903 e morreu a 29 de Dezembro de 1972

As obras de arte mais características de Cornell foram caixas de assemblage criadas a partir de objetos encontrados. São simples caixas , geralmente com um painel de vidro, em que ele arranjou surpreendentes coleções de fotografias ou brique-a-braque vitoriana , de uma forma que combina a austeridade formal do Construtivismo com a animada fantasia do Surrealismo. Muitas de suas caixas, como as famosas caixas de Medici slot machine, são interativos e são feitos para serem manipulados.

As Caixas de Joseph Cornell

Fig 2. Object (Abeilles)

Fig 3. Cassiopeia 1 

Fig 4. Untitled (Cockatoo and Corks) 

Fig.5 Defense d'Afficher Object 

Fig. 6 Untitled (Grand Owl Habitat) 

Fig.7 Habitat Group for a Shotting Gallery 

Fig.8 Untitled (The Hotel Eden)


Fig.9 Untitled (Medici Boy)

Fig.10 A Parrot for Juan Gris 

Fig 11. Object (Roses des Vents) 


Fig 12.Homage to the romantic Ballet

Webgrafia:



sábado, 12 de outubro de 2013

Assemblage

Assemblage é o nome que se dá a um trabalho artístico que contenha objetos do quotidiano na sua composição. O termo "assemblage" foi trazido à arte pelo artista plástico Jean Dubuffet no decorrer dos anos 50, no entanto esse tipo de obra artística já vinha sendo produzida desde o começo do século XX, como por exemplo, nas colagens cubistas feitas por Pablo Picasso e Georges Braque ou nas esculturas dos futuristas Umberto Boccioni e Filippo Tommaso Marinetti. O assemblage busca romper a fronteira entre arte e vida cotidiana e defende que todo tipo de material pode ser incorporado a uma obra de arte, desde que não perca seu sentido original.





Mais Assemblage:

de Jean-Pierre Seguin



de Zac Freeman




Webgrafia:

domingo, 6 de outubro de 2013

Pintura Matérica

A Pintura Matérica é uma tendência pictórica surgida após a Segunda Guerra Mundial, sendo desenvolvida entre o final dos anos 40 e inicio dos anos 50. Considera-se que surgiu em França, com o trabalho de Jean Fautrier e Jean Dubuffet.
Esta pintura é abstrata, sendo produzida com materiais não tradicionais como o gesso, areia, serapilheira, tecidos, gazes, jornal, cartão ou madeira. Podem ser utilizados diversos materiais desde que não sejam biodegradáveis.


À esquerda, uma fotografia de Jean Fautrier (1898-1964) | À direita, uma das obras de pintura matérica da autoria de Jean Fautrier, intitulada "Tète d'otage, no. 20" - traduzindo para português, "cabeça de refém, no 20"- obra de 1944.


 

À esquerda, uma fotografia de Jean Dubuffet (1901-1985) | À direita,




Webgrafia:
Pintura Matérica (em espanhol)
Jean Fautrier (em inglês)