quinta-feira, 29 de maio de 2014

Relatório Crítico | Instalação Artística | aracNEEDYOU

Este período tivemos como único trabalho a criação de uma instalação artística. Para tal tivemos de formar grupos para a realização deste projeto. O meu grupo era constituído por mim, pela Maria Vieira e pela Viviana Sousa.

Logo de início surgiu-nos um problema que nos atrasou drasticamente: A escolha do tema/conceito no qual estaria assente toda a nossa instalação. Pensamos inicialmente na explosão da arte, no entanto, numa conversa com a professora, chegamos à conclusão de que era uma ideia muito literal, principalmente devido à forma como estávamos a pensar executá-la. Tivemos mais algumas ideias, as quais nunca chegaram a ser muito desenvolvidas, porque, mais uma vez, não nos agradavam por completo. Foi então que a docente nos aconselhou a pensar mais na “explosão do espaço” e a partir das ideias que pudéssemos vir a ter, encontrar um conceito que se adaptasse. Foi seguindo esse método que tivemos a ideia que viríamos a escolher como final. Num momento de descontração, em que contávamos piadas, entre as quais: “Porque é que a aranha precisa de nós? Porque é um aracNEEDYOU”. Na brincadeira, pusemos a hipótese de utilizar essa mesma piada como base para a nossa instalação, mas pensamos que não teria “pés nem cabeça”. No entanto, continuávamos sempre a ter ideias que poderíamos desenvolver se escolhêssemos a piada. E foi assim que ficou decidido que optaríamos afinal por essa ideia. Surgiu-nos então que poderíamos usar uma figura humana que representaria um indivíduo que é “apanhado na teia", vulgarmente chamada de Sociedade. Envolvido nessa “teia” estão todas as suas ideologias/modos de pensar, costumes, que vão sendo alterados de modo progressivo sem esta se dar conta de que isto está realmente a acontecer. Pode haver aqui uma leve simbiose com o exemplo de uma presa que é cercada e envolvida pela aranha sem de dar conta, acontecendo isto quando já é tarde de mais. Assim sendo, a nossa instalação, que à partida parece ser uma simples piada, acabou por transmitir a ideia da sociedade atual.

Tendo a nossa ideia já definida começamos a pensar nos materiais e logo de seguida em maneiras de consegui-los. Para isso, escrevemos algumas cartas a pedir patrocínio para retrosarias (para fornecer linha), para lojas de impressão (publicidade). Fora isso, falamos também com empresas para nos emprestarem paletes, visto que estas tinham de ser obrigatoriamente devolvidas e finalmente o cartão.

Nisto, o mais fácil de arranjar foram as paletes e o cartão. As linhas também foram relativamente fáceis, uma vez que todas as lojas as quais pedimos patrocínio nos ajudaram, no entanto não foi o suficiente e tivemos de comprar mais. Por sua vez, as tipografias nunca nos chegaram a dar resposta. O manequim, peça central da instalação, foi o mais complicado de arranjar, mas por fim, conseguimos.

No tempo delimitado entre os pedidos de patrocínio e a chegada do material, realizamos uma pequena maquete para termos uma ideia visual do que estávamos a pretender fazer.

Tendo já tudo o que necessitávamos, passamos para a construção da nossa instalação que teve a duração de uma semana.

O resultado final foi do nosso agrado, uma vez que ficou tudo como tínhamos idealização e preparado, à exceção de uma das paredes que não ficou na posição que tínhamos em mente, mas que logo reparamos aquando da construção que era inexequível como queríamos. O fato de termos de mudar uma das paredes não alterou, de maneira alguma o resultado final.

Numa visão global, o mais complexo de executar foi a colocação das paletes na posição pretendida e fazer com que estas ficassem bem seguras, visto que toda a instalação estaria segura nessas mesmas paletes. Por outro lado, o mais fácil, mas por outro lado mais trabalhoso foi a parede feita com linha, uma vez que esta entrelaçava-se com facilidade nela própria, dificultando assim a montagem.

Uma das paredes, a parede do fundo, ficou forrada com cartão e preenchida com a piada. Após sugestão da professora decidimos “brincar” mais com o impacto visual que a frase poderia causar se esta preenchesse a parede de forma mais completa.

Quanto ao trabalho de grupo em si, este correu bem. Temos, no entanto muito a agradecer aos nossos amigos que durante a semana estiveram lá a ajudar-nos na concretização deste nosso projeto.
Mariana Ponte

12ºF